Para curtir as férias, clássicos de literatura de viagem são passatempo divertido e cultural.
Enfim, chegou o seu momento de curtir as férias, descansar e se preparar para começar o novo ano com o pé direito. Ler é uma atividade propícia para esse momento. Para quem gosta de viajar, um título especial pode se tornar um companheiro perfeito, principalmente se a história também envolve uma viagem.
São tantos título, dos clássicos aos contemporâneos, que abordam este tema que é impossível estimá-los. "A literatura de viagem é bem interessante porque os autores, normalmente, contrastam uma cidade com detalhes fictícios e reais. Há uma fantasia do autor", afirma Manoel da Costa Pinto, jornalista e crítico literário, editor dos programas de literatura ENTRELINHAS e LETRA LIVRE, da TV Cultura.
segundo o jornalista, há dois tipos de livros de viagens: os de literatura e os que são relatos de viagem. "O relato é quase um diário de bordo, onde o autor viaja e descreve sua viagem. Os livros literários são romances, em que o autor não apenas descreve uma cidade, mas cria uma história de ficção no lugar", explica o crítico literário, que recentemente assumiu a curadoria da Flip.
VIAGEM PELAS PÁGINAS
O clássico da literatura Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, é um bom exemplo de literatura de viagem.
A história do personagem acontece numa pequena
aldeia da Espanha, na província de Mancha. Dom Quixote, que lê muitos romances de cavalaria, resolve sair pelo país , fazendo o bem e corrigindo as injustiças, acompanhado por Sancho Pança. "Neste caso, Cervantes provavelmente conhecia a cidade. O personagem ficcional e a cidade tem elementos autobiográficos, mas trata-se de uma fantasia do autor", afirma Manuel Costa Pinto.
aldeia da Espanha, na província de Mancha. Dom Quixote, que lê muitos romances de cavalaria, resolve sair pelo país , fazendo o bem e corrigindo as injustiças, acompanhado por Sancho Pança. "Neste caso, Cervantes provavelmente conhecia a cidade. O personagem ficcional e a cidade tem elementos autobiográficos, mas trata-se de uma fantasia do autor", afirma Manuel Costa Pinto.

Também é possível escrever um livro de viagem sem sair do país ou percorrer cidades. O escritor Xavier de Maistre escreveu uma obra nesta linha, A Viagem à Roda do Meu Quarto, publicado em 1974. " A viagem está só na imaginação, o personagem não sai do próprio quarto. Essa obra é muito importante para as literaturas francesa e brasileira, já que influenciou Machado de Assis a escrever Memórias Póstumas de Brás Cubas", completa Manuel.
Autora Renata Muniz.
Artigo publicado no Almanaque Saraiva
nº55 dez 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário