sábado, 25 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A literatura da era digital

Ao apresentarem experiências avançadas de leitura, incorporando interatividade e convergência de mídias, os livros eletrônicos conquistam novos leitores e renovam o tradicional hábito de ler.

  A invenção de Gutemberg se renovou e, agora, ganhou o formato digital. Com os e-books - versão eletrônica dos livros impressos, que podem ser lidos em computadores, laptops, netbooks, smartphone e nos leitores de livros digitais - as experiências de leitura caminham para novas possibilidades de interação entre o leitor, o conteúdo da obra e o modo de ler. E enganam-se aqueles que pensam que é complicado manter a leitura em um livro digital: do mesmo modo que nos impressos, é possível marcar páginas, fazer anotações e selecionar trechos, com o diferencial de que dá para interferir na exibição para que ela seja vista de diversas formas e contar com tecnologias que complementam e renovam o hábito de ler.
  Com a intenção de apresentar soluções diferenciadas, algumas editoras vão além de apenas digitalizar o conteúdo impresso e passam a apostar em idéias sedutoras de interatividade nos livros eletrônicos. Editores, diagramadores, escritores e profissionais de tecnologia podem soltar a imaginação e incrementar o conteúdo com softwares capazes de inserir efeitos sonoros, substituir imagens e ilustrações por vídeos e criar aplicativos que promovam conhecimento além daquele presente na obra. Também torna-se possível promover a integração com redes sociais ao clicar em uma frase e compartilhá-la na página do Twitter ou Facebook, por exemplo, ou mesmo descobrir o significado de palavra no texto apenas clicando sobre ela. Outra possibilidade é o leitor criar o romance, tornando-se ativo na narrativa ao construir a história como desejar.
  "O livro digital está começando e tem muito caminho pela frente, muito a desenvolver. Ele vai oferecer diversas formas de leitura, das mais simples às mais avançadas, aproveitando as possibilidades multimídia. Muitas novidades relacionadas a aspectos gráficos e visuais ainda estão por vir, mas sempre mantendo o foco na leitura que, a partir de agora, ganhará um caráter mais coletivo", explica Carlo Carrenho, diretor do Publish News.
  Nos Estados Unidos, o livro Dusty D. Dawng Has Feelings Too (Lilian Vernon Corporation), com aplicativo disponível gratuitamente para iPad, iPhone eiPdo Touch, é uma infantil animada em que os pais, as crianças ou qualquer outra pessoa podem gravar o texto de cada página em sua própria voz. A gravação é uma boa alternativa quando os pais estão ausentes, pois os filhos acompanham a leitura como se fosse com eles. Várias animações aparecem ao longo da história e as crianças também adicionam sua foto e nome "primeira página" do livro, dando a impressão de que foram feitas especialmente para elas.
  A Editora Globo apresentou, na última Bienal do Livro de São Paulo, A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, primeira publicação interativa brasileira para o iPad. Nele, o leitor interage com elementos na tela e, em uma das passagens, clica com a ponta dos dedos sobre o desenho de um vagalume que, ao ser arrastado, ilumina o texto.

Continua...

Pra ti... Doce menina!

Doce Menina

Há em você
Tanto afeto,
Tanto carinho,
Tanta ternura.

Que me encanta,
Me enebria,
Me fascina.

Você é tão meiga,
Tão cheia de luz,
De paz e candura.

Tão linda, tão pura,
Que a todos cativa,
E todos te amam...

Oh! Doce menina
                                                        (Autor Desconhecido) 





Minha querida amiga D'Arc, hoje em seu aiversário
  te dedico este poeminha  tão doce e encantador como você.
Te adoro minha amiga!










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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

LIVRO + FÉRIAS = COMBINAÇÃO PERFEITA!

Para curtir as férias, clássicos de literatura de viagem são passatempo divertido e cultural.

  Enfim, chegou o seu momento de curtir as férias, descansar e se preparar para começar o novo ano com o pé direito. Ler é uma atividade propícia para esse momento. Para quem gosta de viajar, um título especial pode se tornar um companheiro perfeito, principalmente se a história também envolve uma viagem.
  São tantos título, dos clássicos aos contemporâneos, que abordam este tema que é impossível estimá-los. "A literatura de viagem é bem interessante porque os autores, normalmente, contrastam uma cidade com detalhes fictícios e reais. Há uma fantasia do autor", afirma Manoel da Costa Pinto, jornalista e crítico literário, editor dos programas de literatura ENTRELINHAS e LETRA LIVRE, da TV Cultura.
  segundo o jornalista, há dois tipos de livros de viagens: os de literatura e os que são relatos de viagem. "O relato é quase um diário de bordo, onde o autor viaja e descreve sua viagem. Os livros literários são romances, em que o autor não apenas descreve uma cidade, mas cria uma história de ficção no lugar", explica o crítico literário, que recentemente assumiu a curadoria da Flip.

VIAGEM PELAS PÁGINAS

  O clássico da literatura Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, é um bom exemplo de literatura de viagem.
A história do personagem acontece numa pequena       
aldeia da Espanha, na província de Mancha. Dom Quixote, que lê muitos romances de cavalaria, resolve sair pelo país , fazendo o bem e corrigindo as injustiças, acompanhado por Sancho Pança. "Neste caso, Cervantes provavelmente conhecia a cidade. O personagem ficcional e a cidade tem elementos autobiográficos, mas trata-se de uma fantasia do autor", afirma Manuel Costa Pinto.
  Uma das obras mais famosas e que influencia grandes autores é Ullisses, um clássico escrito pelo poeta grego Homero. O autor disserta sobre as aventuras de Ullisses, rei da Ítaca, na Ilíada, após a guerra de Tróia. A Odisséia narra a viagem de retorno de Ulísses à ilha grega, feita pelo mar, que durou muitos anos. Já no século XX, James Joyce, inspirado na Odisséia de Homero, lançou um livro com o mesmo título do poeta grego: Ulísses. A obra, também marco na literatura mundial, é uma boa pedida para quem gosta de "viajar" pelos livros. "Joyce faz uma verdadeira atualização da história de Homero, contando a história sobre um dia na vida de um judeu-irlandês, na cidade de Dublin", conta Manuel.
  Também é possível escrever um livro de viagem sem sair do país ou percorrer cidades. O escritor Xavier de Maistre escreveu uma obra nesta linha, A Viagem à Roda do Meu Quarto, publicado em 1974. " A viagem está só na imaginação, o personagem não sai do próprio quarto. Essa obra é muito importante para as literaturas francesa e brasileira, já que influenciou Machado de Assis a escrever Memórias Póstumas de Brás Cubas", completa Manuel.

Autora Renata Muniz.
Artigo publicado no Almanaque Saraiva
nº55 dez 2010.