segunda-feira, 29 de março de 2010

LEMBRANÇAS...

Resolvi hoje arrumar meu armario,algo que ja devia ter feito há muito tempo...E em meio a tantos papéis inúteis que foram descartados,estava uma pasta onde guardo algumas cartas,cartões de Natal,Aniversário,bilhetes,etc...
Lembranças...
Lembranças de tantas coisas!amigos,amores,pais,irmão...Alguns já se foram,outros perdi contato ou já nao nos falamos tanto assim ,nesses pedaços de papel estão minhas melhores lembranças,e digo que também as piores.Estão ali escritos uma parte da minha história de lutas,alegrias,tristezas,perdas e de como eu sou feliz por ter passado por tudo isso e ainda estar de pé.Tenho orgulho de ser o que sou.
Encontrei em meio as cartas uma crônica de Paulo Coelho denomimada "Do sábio" que é obra integrante do livro "Maktub" :
Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de neve
quando viu uma mulher chorando.
"Por que choras?",perguntou ele.
"Porque me lembro do passado,da minha juventude,da beleza que
via no espelho,dos homens que amei.Deus foi cruel comigo porque
me deu memória. Ele sabia que eu ia sempre recordar a primavera
de minha vida e chorar".
O sábio ficou contemplando o campo de neve ,com o olhar fixo em
um determinado ponto.À certa altura,a mulher parou de chorar:
"O que estás vendo aí?",perguntou ela,intrigada com a atitude dele.
"Um campo de rosas",disse o sábio."Deus foi generoso comigo porque
me deu memória.Ele sabia que,no inverno,eu poderia sempre recordar
a primavera e sorrir".
"A vida é como uma caixa de bombons,você nunca sabe o que vai encontrar lá dentro...mas é sempre bom."( trecho do filme"Forrest Gump").

domingo, 14 de março de 2010

E NO CEMITÉRIOS DOS LIVROS ESQUECIDOS....


Fui dar em Budapeste graças a um pouso imprevisto,quando voava de Istambul a Frankfurt,com conexão para o Rio.a companhia ofereceu pernoite num hotel do aeroporto,e só de manhã nos informariam que o problema técnico,responsável por esta escala,fora na verdade uma denúncia de anônima de bomba a bordo.No entanto,espiando por alto o telejornal da meia-noite,eu já me intrigara ao reconhecer o avião da companhia alemã parado na pistado aeroproto local.Aumentei o volume,mas a locução era em húngaro,única língua do mundo que,segundo as más línguas,o diabo respeita.Apaguei a tevê,no Rio eram sete da noite,boa hora para telefonar para casa;atendeu a secretária eletrônica,não deixei recado,nem faria sentido dizer:oi,querida,sou eu,estou em Budapeste,deu bode no avião,um beijo.

Introdução à Budapeste,de Chico Buarque

Acontece...

sábado, 13 de março de 2010


Moradores de Nova York abandonam livros velhos
As bibliotecas da cidade chegam a recusar doações por causa do volume de livros rejeitados. Alguns são salvos e vendidos em banquinhas de rua, outros são reciclados e viram até caixa de pizza.
De Nova York, uma das maiores metrópoles do mundo, o novo correspondente da Globo, Flávio Fachel, mostra um hábito estranho dos moradores.
Na cidade grande dos apartamentos apertados, espaço pode valer mais que cultura. Depois de uma mudança, é comum achar nos apartamentos vazios de Manhattan livros pesados e volumosos. E muita gente se muda todos os dias.

O zelador de um prédio confirma: pelo menos uma vez por mês, recolhe vários livros abandonados pelos moradores e os entrega para o lixeiro. O que ele sente quando faz isso? “É desperdício de conhecimento, uma vergonha”, ele diz.

As bibliotecas da cidade chegam a recusar doações por causa do volume de livros rejeitados que são oferecidos todos os dias. Alguns são salvos por camelôs. À noite, um deles diz que passa nas latas de lixo, seleciona livros que foram jogados fora e põe tudo à venda na calçada. Existem centenas de banquinhas espalhadas por Nova York. Alguns livros, recebem preço não muito nobre. Outros, tem melhor sorte.

Ninguém sabe exatamente quantos livros acabam ficando para trás nesse entra e sai de gente em apartamentos para alugar em Nova York.

Mas numa loja especializada em compra e venda de livros usados, nós descobrimos que, pelo menos alguns, podem ser redescobertos.

Como um que faz parte da primeira edição de ‘Alice no país das maravilhas’ e que foi avaliado em US$ 15 mil. Agora, em vez de ficar esquecido no fundo de um armário, o lugar dele é dentro de um cofre.

Mas o destino da gigantesca maioria dos livros abandonados na cidade é mesmo uma barcaça. Todos os dias, ela ajuda a recolher 1,6 mil toneladas de papel para uma usina de reciclagem.

Não é preciso caminhar muito no lixo para achar livros de química, romances populares e até livros infantis.

Eles são triturados junto com o resto dos papéis e transformados numa massa cinza que, oito horas depois, vira papelão.

Os livros podem até ter desaparecido, mas, de uma forma ou de outra, continuam ajudando a escrever uma outra página da cultura americana. Lá na usina de reciclagem, eles viram caixas de pizza, que são vendidas nas esquinas de Manhattan.
fonte:Jornal Nacional em,12/03/2010

FELIZ DIA DO BIBLIOTECÁRIO!!!!

Dia 12 de março(sexta-feira) foi o Dia do Bibliotecário.deixo tardio mas sinceros meus parabéns a todos os bibliotecarios desse Brasil e em especial as minhas amigas com quem compartilho este blog,parabéns a nós,detentoras do saber e que cada vez mais o povo brasileiro tenha acesso à leitura e ao conhecimento para que um dia o Brasil seja reconhecido não só apenas como o País do futebol e carnaval,mas como um País de leitores.

deixo também uma foto da Biblioteca de codrington/Universidade de Oxford-Inglaterra:

sexta-feira, 12 de março de 2010

Trechos do conto Lilith, de Anaïs Nin

Lilith era sexualmente fria, e seu marido em parte o sabia, apesar das simulações dela… Eles estavam sentados ali, juntos, e ela a olhava com uma expressão de suave tolerância, a mesma que costumava manter diante das crises dela, crises de egotismo, de autocensura, de pânico. A todos os seus dramáticos comportamentos, ele respondia com inabalável bom humor e paciência.Ela sempre enfurecia-se sozinha, irritava-se sozinha, suportava sozinha suas intensas convulsões emocionais, das quais ele nunca participava. Possivelmente, tratava-se de um símbolo de tensão que não ocorria entre eles sexualmente. Ele recusava todos os seus primitivos e violentos desafios e hostilidades, recusava-se a entrar com ela nessa arena emocional e a reagir à sua necessidade de ciúmes, temores, conflitos.Talvez se ele tivesse aceitado seus desafios e jogado os jogos que ela gostava de jogar, talvez então ela poderia ter sentido sua presença com um impacto bem maior do que o meramente físico. Mas o marido de Lilith não conhecia os prelúdios do desejo sensual, não conhecia nenhum dos estimulantes que certas naturezas selvagens reclamam e, desse modo, em vez de responder-lhe tão logo visse seus cabelos se eriçarem, seu rosto mais vívido, seus olhos como duas tochas de fogo, seu corpo inquieto e impaciente como o de um cavalo que aguardasse o início da corrida, ele se refugiava atrás do muro da compreensão objetiva, dessa tranqüila e irritante atitude de aprovação com a qual as pessoas olham para um animal no zoológico e riem de suas momices, sem penetrar em seu estado interior.



Era isso que deixava Lilith num estado de isolamento – na verdade, como um animal selvagem em pleno deserto. Quando ela se enfurecia e sua temperatura subia, o marido simplesmente deixava de existir. Ele mais parecia uma branda divindade que a olhasse dos céus e aguardasse que sua fúria se exaurisse por si mesma.


Se ele, feito um animal igualmente primitivo, surgisse na outra extremidade desse deserto, encarando-a com a mesma tensão energética nos cabelos, na pele e nos olhos, se surgisse com o mesmo corpo selvagem, pisando fortemente e procurando um único pretexto para dar o bote, enlaçar-se furiosamente, sentir o calor e a força de seu oponente, então eles poderiam rolar juntos pelo chão e as mordidas poderiam tornar-se de outra espécie, e a luta se transformaria num abraço, e os puxões de cabelo fariam com que suas bocas, seus dentes e suas línguas se unissem.


E, devido à fúria, seus órgãos genitais se roçariam mutuamente, soltando faíscas, e os dois corpos sentiriam a necessidade de penetrar um no outro para pôr um fim nessa formidável tensão.

– Anais Nin

Trechos de obras literárias de Henry Miller


"Hoje sinto orgulho que dizer que sou inumano, que não pertenço a homens e governos, que nada tenho a ver com a maquinaria rangente da humanidade – eu pertenço à terra! (...)
Lado a lado com a espécie humana corre outra raça de seres, os inumanos, a raça de artistas que, incitados por desconhecidos impulsos, tomam a massa sem vida da humanidade e, pela febre e pelo fermento com que a impregnam, transformam a massa úmida em pão, e pão em vinho, e o vinho em canção. Do composto morto e da escória inerte criam uma canção que contagia. Vejo esta outra raça de indivíduos esquadrinhando o universo, virando tudo de cabeça pra baixo, e os pés sempre se movendo em sangue e lágrima, as mãos sempre vazias, sempre se estendendo na tentativa de agarrar o além, o deus inatingível: matando tudo ao seu alcance a fim de acalmar o monstro que lhe corrói as entranhas. (...) E tudo quanto fique aquém desse aterrorizador espetáculo, tudo quanto seja menos sobressaltante, menos terrificante, menos louco, menos delirante, menos contagiante, não é arte. Esse resto é falsificação. Esse resto é humano. Pertence a vida e à ausência de vida.
(...) Se sou inumano é porque meu mundo transbordou de suas fronteiras humanas, porque ser humano parece uma coisa pobre, triste, miseravel, limitada pelos sentidos, restringidas pelas moralidades e pelos códigos, definida pelos lugares-comuns e ismos.
(...) Tenhamos um mundo de homens e mulheres com dínamos entre as pernas, um mundo de fúria natural, de paixão, ação, drama, sonhos, loucuras, um mundo que produza êxtase e não peidos secos.
(...) Que os mortos comam os mortos. Dancemos nós os vivos, à beira da cratera, uma última e agonizante dança. Mas que seja uma dança!”
Trópico de Câncer
"Depois que nos livramos do fantasma, tudo segue com infalível certeza, mesmo no meio do caos. Desde o começo nunca houve se não caos: era um fluido que me envolvia, que eu aspirava através das guelras. No substrato, onde a lua brilhava firme e opaca, tudo era fluente e fecundante; acima dele, era confusão e discórdia. Em tudo eu via logo o oposto, a contradição, e entre o real e o irreal via a ironia, o paradoxo. Eu era meu pior inimigo." Trópico de Capricórnio
“Desejava que o olhos se extinguisse para que eu pudesse ter oportunidade de conhecer meu próprio corpo, mesu próprios desejos. (...) Desejava ardentemente alguma coisa desta terra que não trouxesse a marca de fábrica do homem, algo absolutamente divorciado do humano de que eu já estava farto. (...) Desejava sentir o sangue refluindo em minhas veias, mesmo à custa de aniquilação.”
Trópico de Câncer
"Não tenho dinheiro, nem recursos, nem esperanças. Sou o mais feliz dos homens vivos. Há um ano, háseis meses, eu pensava ser um artista. Não penso mais nisso. Eu sou. Tudo quanto era literatura se desprendeu de mim. Não há mais livros a escrever, graças a Deus.
E isto, então? Isto não é um livro. Isto é uma injúria, calúnia, difamação de caráter. Isto não é um livro, no sentindo comum da palavra. Não, isto é um prolongado insulto, uma cusparada na cara da Arte, um pontapé no traseiro de Deus, do Homem, do Destino, do Tempo, do Amor, da Beleza... e do que mais quiserem. Vou cantar para você, um pouco desafinado talvez, mas vou cantar. Cantarei enquanto você coaxa, dançarei sobre seu cadáver sujo...".
Introdução a Trópico de Câncer

quarta-feira, 10 de março de 2010

Maxwell Jump!!!

"Ah, might as well jump (Jump)
Might as well jump
Go ahead and jump (Jump)
Go ahead and jump"


Todas nós gostamos de Van Halen ou melhor dizendo de alguma música deles... em algum estagio da vida, seja da vida sóbria ou mais ou menos bêbada. E esta é uma das minha favoritas pois não consigo ficar parada nem quando sóbria com esta música... mas minha querida amiga ANA, gosta mesmo de canta-la no Karaokê... e sempre, sempre sai algo engraçado... Algo assim...



AH, MID AS UÉU JAMP
MAXWELL JAMP
GOL A REDE I JAMPI
GOL A REDE I JAMPI


 
Miga, com vc cantando sempre fica melhor... 
 
Maxwell, Jump.... Sempre!!!!!!!!

She Talks To Angels - Black Crows

She never mentions the word addiction
In certain company
Yes, she'll tell you she's an orphan
After you meet her family
She paints her eyes as black as night now
She pulls those shades down tight
She gives a smile when the pain comes
The pain gonna' make everything alright
Says she talks to angels
They call her out by her name
Oh yeah, she talks to angels
Says they call her out by her name
She keeps a lock of hair in her pocket
She wears a cross around her neck
Yes the hair is from a little boy
And the cross from someone she has not met
Not yet
She don't know no lovers
None that I've ever seen
And to her that means nothing
But to me it means, means everything

terça-feira, 9 de março de 2010

Utopia e Paixão

" Estamos hoje certo de que o amor não foi feito para ser compreendido, mas apenas vivido. No instante que começamos a decifrá-lo, ele já acabou. Essa é a nossa experiência. Por isso afirmamos: do amor só se pode fazer necrópsia, jamais biopsia."

          Do Livro : Utopia e paixão dos autores Roberto Freire e Fausto Brito




sábado, 6 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

 



E assim ... querendo e não tendo.

Sem asas... 
Sem força... 
Sem vontade...

O encanto se foi.
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....


Apenas Não sinto....
O que diz de mim? 
Quando não sinto nada?
Topor e vazio, vazio e topor...
Olhos vermelhos...
Lágrimas suaves pela face...

E nada...

Não sinto nada!