terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A magia da dança

Dançar no ritmo dos deuses para trazer chuva ou curar doenças


Onde há gente, há dança. Para a maior parte das pessoas “civilizadas”, a dança não passa de um agradável passatempo; mas, longe das salas de baile e das discotecas, as danças rituais ainda são vitais em muitas sociedades para celebrar as diferentes fases da vida e promover uma comunicação com os deuses. Essas sociedades dançam para ter boas colheitas e caçadas, para que chova e para vencer a doença ou seus inimigos. As danças são uma forma de oração e possuem poderes mágicos.
As danças que imitam animais são características. Por exemplo, para distrair o espírito antes da caça e apaziguar a alma da presa já morta, os adolescentes de uma tribo na Austrália, os Kemmirais, saltam e se arranham, com as mãos junto ao peito, como os cangurus que vão abater. E os Tewas, do Novo México, dançam como as corças, correndo e parando de repente, tremendo e agitando a cabeça assustados.



Motivando os elementos


Os Sioux, uma nação indígena norte-americana, também dançam para chamar a chuva. Nessa dança, enchem um pote com água e dançam à sua volta quatro vezes antes de se atirarem ao chão e beberem a água que caiu. Há danças pela sobrevivência de indivíduos ou de tribos inteiras. Tanto os esquimós do Ártico como os índios da Amazônia possuem xamãs, ou feiticeiros, que dançam até entrar em transe, a fim de penetrar no mundo dos espíritos e trazer a alma de um membro da tribo que esteja doente. A missão dos “dançarinos do diabo” do Sri Lanka é exorcizar os espíritos malignos. Os iroqueses do estado de Nova York comportam-se da maneira singularmente bem-humorada: primeiro, o xamã tem de determinar o que provocou a doença – normalmente o espírito de um animal – e depois, prescreve uma dança ritual para apaziguar o espírito do animal ofendido. A dança imita o animal em questão, e os dançarinos chegam a comer a sua comida favorita; ao fim, todos festejam ruidosamente o paciente. Nessas sociedades, a dança pontua todas as fases críticas da vida: nascimento, puberdade, casamento e morte. O que impressiona um ocidental nestas danças é que homens e mulheres raramente atuam juntos e todos os passos tradicionais si mantêm rígidos e inalteráveis. Tal código pode ser muito rigoroso; diz-se que os velhos de Gaua, nas Novas Hébridas, vigiam o comportamento dos dançarinos, prontos a lançar-lhes uma flecha no caso de eles errarem.


Fonte: Você sabia? - Reader's Digest

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quem nunca se sentiu um perdedor?

Respire fundo, nada parece
Preencher esse lugar
Eu preciso disso o tempo todo, pegue suas
Mentiras e saia do meu caso
Algum dia eu vou encontrar um amor que
Flue por mim como esse
Esse vai cair, esse vai cair

Você está chegando mais perto, para me empurrar
Do pequeno precipício da vida
Porque eu sou um perdedor e mais cedo ou mais tarde
Você sabe que eu vou estar morto
Você está chegando mais perto, você está segurando
A corda e eu estou caindo
Porque eu sou um perdedor, eu sou um perdedor, yeah!

Isso está ficando velho, eu não consigo romper essas
Correntes que me prendem
Meu corpo está ficando gelado, não sobrou nada
Dessa mente ou daminha alma
O vício precisa de um pacificador, o zumbido desse
Veneno está me levando às alturas
Esse vai cair, esse vai cair

Você está chegando mais perto, para me empurrar
Do pequeno precipício da vida
Porque eu sou um perdedor e mais cedo ou mais tarde
Você sabe que eu vou estar morto
Você está chegando mais perto, você está segurando
A corda e eu estou caindo
Porque eu sou um perdedor, eu sou um perdedor!

Você está chegando mais perto, para me empurrar
Do pequeno precipício da vida
Porque eu sou um perdedor e mais cedo ou mais tarde
Você sabe que eu vou estar morto
Você está chegando mais perto, você está segurando
A corda e eu estou caindo
Porque eu sou um perdedor!

Você está chegando mais perto, para me empurrar
Do pequeno precipício da vida
Porque eu sou um perdedor e mais cedo ou mais tarde
Você sabe que eu vou estar morto
Você está chegando mais perto, você está segurando
A corda e eu estou caindo
Porque eu sou um perdedor!



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

NOVAMENTE-Ney Matogrosso

Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa o tempo
O tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo me passeia

Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
A dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul

A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta


sábado, 25 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A literatura da era digital

Ao apresentarem experiências avançadas de leitura, incorporando interatividade e convergência de mídias, os livros eletrônicos conquistam novos leitores e renovam o tradicional hábito de ler.

  A invenção de Gutemberg se renovou e, agora, ganhou o formato digital. Com os e-books - versão eletrônica dos livros impressos, que podem ser lidos em computadores, laptops, netbooks, smartphone e nos leitores de livros digitais - as experiências de leitura caminham para novas possibilidades de interação entre o leitor, o conteúdo da obra e o modo de ler. E enganam-se aqueles que pensam que é complicado manter a leitura em um livro digital: do mesmo modo que nos impressos, é possível marcar páginas, fazer anotações e selecionar trechos, com o diferencial de que dá para interferir na exibição para que ela seja vista de diversas formas e contar com tecnologias que complementam e renovam o hábito de ler.
  Com a intenção de apresentar soluções diferenciadas, algumas editoras vão além de apenas digitalizar o conteúdo impresso e passam a apostar em idéias sedutoras de interatividade nos livros eletrônicos. Editores, diagramadores, escritores e profissionais de tecnologia podem soltar a imaginação e incrementar o conteúdo com softwares capazes de inserir efeitos sonoros, substituir imagens e ilustrações por vídeos e criar aplicativos que promovam conhecimento além daquele presente na obra. Também torna-se possível promover a integração com redes sociais ao clicar em uma frase e compartilhá-la na página do Twitter ou Facebook, por exemplo, ou mesmo descobrir o significado de palavra no texto apenas clicando sobre ela. Outra possibilidade é o leitor criar o romance, tornando-se ativo na narrativa ao construir a história como desejar.
  "O livro digital está começando e tem muito caminho pela frente, muito a desenvolver. Ele vai oferecer diversas formas de leitura, das mais simples às mais avançadas, aproveitando as possibilidades multimídia. Muitas novidades relacionadas a aspectos gráficos e visuais ainda estão por vir, mas sempre mantendo o foco na leitura que, a partir de agora, ganhará um caráter mais coletivo", explica Carlo Carrenho, diretor do Publish News.
  Nos Estados Unidos, o livro Dusty D. Dawng Has Feelings Too (Lilian Vernon Corporation), com aplicativo disponível gratuitamente para iPad, iPhone eiPdo Touch, é uma infantil animada em que os pais, as crianças ou qualquer outra pessoa podem gravar o texto de cada página em sua própria voz. A gravação é uma boa alternativa quando os pais estão ausentes, pois os filhos acompanham a leitura como se fosse com eles. Várias animações aparecem ao longo da história e as crianças também adicionam sua foto e nome "primeira página" do livro, dando a impressão de que foram feitas especialmente para elas.
  A Editora Globo apresentou, na última Bienal do Livro de São Paulo, A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, primeira publicação interativa brasileira para o iPad. Nele, o leitor interage com elementos na tela e, em uma das passagens, clica com a ponta dos dedos sobre o desenho de um vagalume que, ao ser arrastado, ilumina o texto.

Continua...