A frase acima, da autoria de Bill Cates - o fundador da Microsoft, que revolucionou o computador pessoal e um dos homens mais ricos do mundo -, expressa perfeitamente a importância dos livros e da leitura na vida de todos. Ouem lê desde cedo só tem a ganhar: aprende a escrever melhor, turbina a imaginação, enriquece o vocabulário, desenvolve o raciocínio, o senso crítico e muito mais. "O hábito da leitura ajuda a manter o rendimento escolar em um nível alto, além de despertar no estudante uma nova postura sobre tudo aquilo que o mundo apresenta"' revela Lucilei Spitaletti, professora do Ensino Fundamental do Colégio Santa Maria, em São Paulo (SP).
Ler é, sobretudo, uma grande fonte de prazer em todas as fases da vida. Pode parecer exagero, mas tomar contato com os livros desde bebezinho faz toda a diferença para o futuro adulto, tanto sob o ponto de vista mental quanto emocional. Pegar o filho no colo, abrir as páginas cheias de desenhos coloridos, ler em voz alta, mudar a entonação, rir... São momentos mágicos que levam o pequeno a aprender a amar a leitura e, de quebra, fortalecem os laços de afeto entre pais e filhos.
O educador francês Daniel Perlnac, na obra Como um Romance (Editora Rocco), afirma que, quando o pai senta ao lado do filho para ler um conto de fadas, estabelece-se uma tríade-livro, leitor e ouvinte/leitor -e esse tipo de experiência fortalece as relações familiares, afinal, todos vão se divertir juntos. "Trata-se de um momento de enorme aconchego e troca", acrescenta a escritora Heloisa Prieto, autora, entre outros, do livro Lá Vem História (Companhia das Letrinhas).
Era uma vez...
Para crianças em fase de pré-alfabetização, o ideal é ler em voz alta histórias de livros cheios de ilustrações e pouco texto. Mas, à medida que elas vão crescendo e se interessando, apresente os contos mais elaborados. Vale criar um ritual para a leitura, reservando um momento do dia e um espaço especial na casa. Ao ler, abuse da emoção e dê entonação de voz diferente para cada personagem. Isso deixa o conto mais atraente e emocionante.
O incentivo deve continuar mesmo quando a criança já está alfabetizada. "Aproveite essa nova habilidade e peça para seu filho ler um parágrafo e depois você lê o próximo", sugere a professora Lucilei. Vale a pena também bater papos sobre leitura, perguntar o que ele gostaria de ler, visitar livrarias e bibliotecas. "É importante, no entanto, que essa rotina não seja obsessiva e que o diálogo não gire em torno apenas de leituras, mas o tema sempre deve aparecer nas conversas, mostrando à criança como você se interessa por ela e pelo assunto", esclarece o educador Celso."Ninguém escolhe um título melhor do que a própria criança. Ao adulto cabe um papel crítico de aceitação ou não", diz Celso. "Os pais devem sugerir a opção de busca e ajudar a criança nessa seleção." A escritora Heloisa Prieto completa: "Existem leitores mirins que se interessam por aventuras, outros por fantasia, há quem prefira poemas, histórias sobre a vida dos animais e até contos de assombração. Ao longo da vida, o gosto pode mudar ou permanecer". Uma opção é levar o filho às livrarias e às bibliotecas e deixá-lo folhear diversas obras, até decidir quais gostaria de ler. "Coloque uma estante no quarto da criança e ajude-a a preenchê-la com o que escolheu. À medida que ela cresce, é bom reservar um valor da mesada para a compra de livros", conclui.
Reportagem extraída da "Revista Nestlè com você"
setembro de 2010, ano 12 - nº 47.