sábado, 6 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

 



E assim ... querendo e não tendo.

Sem asas... 
Sem força... 
Sem vontade...

O encanto se foi.
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....
Não sinto....


Apenas Não sinto....
O que diz de mim? 
Quando não sinto nada?
Topor e vazio, vazio e topor...
Olhos vermelhos...
Lágrimas suaves pela face...

E nada...

Não sinto nada!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

UMA TAÇA FEITA DE UM CRANIO HUMANO

Não recues! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás — pobre caveira fria —
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!... que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.

Mais val guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
—Taça — levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do reptil.

Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro
... Podeis de vinho o encher!

Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.
E por que não? Se no correr da vida

Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!...


Lord Byron (Traduçao de Castro Alves)