quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A vida ...

"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante,
Desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples ato de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda

Biblioteca Nacional 200 anos: Uma defesa do infinito

Berço de um acervo que ultrapassa nove milhões de obras, entre originais de manuscritos antigos, fotografias, gravuras e arquivos sonoros, a Biblioteca Nacional do Brasil, instalada no edifício construído na Cinelândia para abrigá-la há cem anos, completa seu bicentenário com uma série de ações comemorativas. Com abertura no dia 3 de Novembro, a exposição"Biblioteca Nacional 200 Anos: Uma defesa do Infinito" reunindo as mais representativas  obras da coleção da instituição.Para comemorar o aniversário de fundação da Biblioteca Nacional, uma exposição especial, com uma peça rara por cada ano comemorado, será oferecida ao público.  duzentas obras originais farão parte de uma mostra para celebrar os 200 anos da instituição, comemorados na próxima sexta-feira, dia 29.Entre os destaques da mostra está o livro Divina Proportione, que une arte e ciência, publicado pelo monge italiano Luca Pacioli, em 1509. A obra conta com ilustrações de Leonardo da Vinci, que era amigo do autor. Em 2009, quinhentos anos depois de publicado, o livro foi completamente restaurado, página por página, pelos técnicos da Biblioteca Nacional. Hoje, a peça fica no setor de Obras Raras, onde estão as mais valiosas e que têm acesso restrito ao público. A exposição também traz um manuscrito de Sigmund Freud, o 'pai da Psicanálise', escrito em 1928. Esse é um dos documentos que irão compor um dos módulos da exposição, dedicado aos sonhos.A Biblioteca conta com 9 milhões de peças, algumas avaliadas em R$ 9 milhões. Há obras, como a Bíblia de Mogúncia de 1462, primeiro impresso que contém data, lugar de impressão e nome do impressor cujo valor é incalculável. Há cartas do imperador D. Pedro I à amante Marquesa de Santos, além da sentença de Tiradentes e da carta de abertura dos Portos. As peças mais antigas da instituição são os quatro Evangelhos da Bíblia manuscritos entre os séculos 11 e 12. A mostra exibe ainda a memória do prédio da Biblioteca, que completa 100 anos de fundação.Parte da política de difusão da cultura e estimula à leitura no país, a Biblioteca Nacional é nada menos que a maior da América Latina.A Biblioteca Nacional fica na Rua México, s/nº - Centro. Tel: 3095-3879. De segunda a sexta, das 10h às 17h. Sábados, das 10h às 15h. A entrada é franca.

Imagens da República Portuguesa no Brasil (1910 - 1922)


Uma impressão sobre os sucessos de Portugual

República Brasileira: - Se és tu que surges sobre esse alicerce de sangue... para trás indígna! Não me manches!...





Compilando mais informações...
Postagem completa em breve.








quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Morena Flor

"Morena flor me dê um cheirinho
Cheinho de amor
Depois também me dê todo esse denguinho
Que só você tem
Sem você o que ia ser de mim
Eu ia ficar tão triste
Tudo ia ser tão ruim
Acontece que a Bahia fez você todinha assim
Só para mim"

Morena Flor - Vinicius de Moraes




Hoje tô assim ... meio que romântica ...  cheia de dengo.








quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um pouquinho de Emma...


"Com cautela, com muita cautela" pensou Emma;
"ele avança pouco a pouco, 
e não arriscará nada até
sentir-se seguro."
  
Emma - Jane Austen

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Annabel Lee

 

"Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar. 

Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar. 

E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar. 

E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar. 

Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar. 

Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar. "


de Edgar Allan Poe
, tradução Fernando Pessoa

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Que estranha cena descreves e que estranhos prisioneiros.
São iguais a nós."
(PLATÃO, República, Livro VII)

Para amar os livros

Saiba como incentivar seu filho a ler, um hábito fundamental para quem deseja escrever bem, enriquecer o vocabulário, desenvolver a criatividade e muito mais!

`Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever- inclusive a sua própria história."
A frase acima, da autoria de Bill Cates - o fundador da Microsoft, que revolucionou o computador pessoal e um dos homens mais ricos do mundo -, expressa perfeitamente a importância dos livros e da leitura na vida de todos. Ouem lê desde cedo só tem a ganhar: aprende a escrever melhor, turbina a imaginação, enriquece o vocabulário, desenvolve o raciocínio, o senso crítico e muito mais. "O hábito da leitura ajuda a manter o rendimento escolar em um nível alto, além de despertar no estudante uma nova postura sobre tudo aquilo que o mundo apresenta"' revela Lucilei Spitaletti, professora do Ensino Fundamental do Colégio Santa Maria, em São Paulo (SP).
Ler é, sobretudo, uma grande fonte de prazer em todas as fases da vida. Pode parecer exagero, mas tomar contato com os livros desde bebezinho faz toda a diferença para o futuro adulto, tanto sob o ponto de vista mental quanto emocional. Pegar o filho no colo, abrir as páginas cheias de desenhos coloridos, ler em voz alta, mudar a entonação, rir... São momentos mágicos que levam o pequeno a aprender a amar a leitura e, de quebra, fortalecem os laços de afeto entre pais e filhos.
O educador francês Daniel Perlnac, na obra Como um Romance (Editora Rocco), afirma que, quando o pai senta ao lado do filho para ler um conto de fadas, estabelece-se uma tríade-livro, leitor e ouvinte/leitor -e esse tipo de experiência fortalece as relações familiares, afinal, todos vão se divertir juntos. "Trata-se de um momento de enorme aconchego e troca", acrescenta a escritora Heloisa Prieto, autora, entre outros, do livro Lá Vem História (Companhia das Letrinhas).

Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma campa­nha de incentivo à leitura, da Fundação Nacional de Leitura Infantil (Nacional Children's Reading Founda­tion), cujo slogan pode tranquilamente ser adotado por aqui: "Leia com uma criança. São os 20 minutos mais importantes de seu dia". Não é preciso ler por muito tempo, mas é fundamental inserir a leitura na rotina da criança e da família. O educador Celso Antunes, autor de vários livros, como A Linguagem do Afeto (Papirus Editora), reforça o valor dessa ati­tude: "O gosto pela leitura e a paixão pelos livros é um comportamento adquirido no lar e na escola. Entretanto, a ação dos pais, desde que contínua e persistente, tem um poder imenso na conquista e na preservação desse comportamento". E essa consta­tação foi comprovada por meio de pesquisa. No es­tudo Retratos da Leitura no Brasil, realizado em 2007 pelo Instituto Pró-Livro, os entrevistados afirmaram que foram incentivados a ler, em primeiro lugar, pela mãe (49%), seguido pela professora (33%) e o pai (30%). Os leitores disseram, ainda, que se habi­tuaram a ver os pais lendo em casa e lembram que a infância e a adolescência foram os períodos em que mais tinham contato com os livros.

Aventura desde o berço
Como se deve ler para os pequenos? A princípio, eles veem o livro como um brinquedo a ser explo­rado, amassado, mordido e até mesmo rasgado. Por isso, comece oferecendo obras mais duráveis e de fá­cil manuseio, como os livros cartonados, de tecido ou plástico, com muitas figuras de animais e imagens coloridas. Assim, eles iniciam os primeiros contatos com ilustrações e palavras escritas.


Era uma vez...
Para crianças em fase de pré-alfabetização, o ideal é ler em voz alta histórias de livros cheios de ilustra­ções e pouco texto. Mas, à medida que elas vão cres­cendo e se interessando, apresente os contos mais elaborados. Vale criar um ritual para a leitura, reser­vando um momento do dia e um espaço especial na casa. Ao ler, abuse da emoção e dê entonação de voz diferente para cada personagem. Isso deixa o conto mais atraente e emocionante.
O incentivo deve continuar mesmo quando a criança já está alfabetizada. "Aproveite essa nova habilidade e peça para seu filho ler um parágrafo e depois você lê o próximo", sugere a professora Lucilei. Vale a pena também bater papos sobre leitura, perguntar o que ele gostaria de ler, visitar livrarias e bibliotecas. "É importante, no entanto, que essa rotina não seja obsessiva e que o diálogo não gire em torno apenas de leituras, mas o tema sempre deve aparecer nas conversas, mostrando à criança como você se interessa por ela e pelo assunto", esclarece o educador Celso."Ninguém escolhe um título melhor do que a própria criança. Ao adulto cabe um papel crítico de aceitação ou não", diz Celso. "Os pais devem sugerir a opção de busca e ajudar a criança nessa seleção." A escritora Heloisa Prieto completa: "Existem leitores mirins que se interessam por aventuras, outros por fantasia, há quem prefira poemas, histórias sobre a vida dos animais e até contos de assombração. Ao longo da vida, o gosto pode mudar ou permanecer". Uma opção é levar o filho às livrarias e às bibliotecas e deixá-lo folhear diversas obras, até decidir quais gostaria de ler. "Coloque uma estante no quarto da criança e ajude-a a preenchê-la com o que escolheu. À medida que ela cresce, é bom reservar um valor da mesada para a compra de livros", conclui.

Reportagem extraída da "Revista Nestlè com você"
 setembro de 2010, ano 12 - nº 47.